No início do mês de junho as enormes baleias jubarte começam sua longa viagem das gélidas águas do Oceano Glacial Antartico até os amenos mares da Bahia. Essa viagem de mais de 4 mil quilômetros, que dura cerca de mês, é a busca das baleias por águas mais propícias para a reprodução. Com uma gestação entre 11 e 12 meses, os filhotes que foram concebidos na migração do ano passado nascerão agora. Esses enormes mamíferes chegam a medir 16 metros e a pesar até 40 toneladas. Mesmo um filhote recém nascido já pesa cerca de 2 toneladas e consome em média 100 litros de leite por dia.
Durante a sua estada na costa da Bahia é possível observar esses gigantescos animais. Algumas empresas especializadas fazem saídas de lancha para mar aberto procurando por elas. Trata-se do turismo de observação de baleias, ou em inglês, o whale watching. Tomando uma série de cuidados para não interferir no comportamento das baleias é possível se aproximar, e ver de perto alguns dos hábitos das jubarte.
No Brasil a caça às baleias foi proibida na década de 1960, e desde então a população voltou a crescer. Atualmente o Ibama regulamenta esse turismo, impondo uma série de regras para a aproximação. Outro órgão importante na pesquisa e preservação da espécia é o Instituto Baleia Jubarte, também com sede na Bahia. O Instituto desenvolve além da pesquisa científica, trabalhos de educação ambiental e também parcerias com empresas de turismo.
Um dos lugares onde é possível observar as baleias jubarte é Morro de São Paulo, ao sul de Salvador. Nesse lugar, além de observar as baleias, é possível também ouví-las: um aparelho chamado hidrofone que capta os sons propagados somente embaixo d´água. Em Morro de São Paulo a operadora Rota Tropical (Rota Tropical) realiza saídas quase diárias para ver e ouvir as jubartes.