segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Viagem ao Deserto do Atacama - Dia 5 - De Tilcara à San Pedro de Atacama, passando por Purmamarca e Paso de Jama

De: Tilcara (ARG)
Para: San Pedro de Atacama (CHL)
Distância Percorrida: 439Km











Altitude Máxima do Dia: 4.820mts. - próximo ao Vulcão Tocos, 56Km antes de San Pedro de Atacama

Comentários: Saímos de Tilcara pela manhã após o saboroso café da manhã argentino (croisant com café). Chegamos em Purmamarca às 09:20hrs. Purmamarca é bastante conhecida pelo Cerro Siete Colores, uma belíssima montanha de faixas coloridas formadas por camadas de sedimentos acomodadas umas sobre as outras ao longo de milhões de anos. A imagem do Cerro é uma das mais divulgadas em cartões postais e folhetos turísticos, tornando-se um símbolo da região Noroeste. Um dos melhores pontos para observação se dá a uns 400mts. antes da chegada a Purmamarca vindo da ruta 9 (há um tronco deitado no chão com o nome da cidade). O melhor horário para contemplá-lo é de manhã, quando o sol incide sobre as pedras, deixando os tons avermelhados ainda mais fortes.



O artesanato de Purmamarca é bastante forte sendo o turismo a maior fonte de receita do local. Os preços são bastante convidativos e para auxiliar nas compras que são apenas em efectivo (pesos argentinos) há um caixa 24hrs ao lado da praça central permitindo saques com Cartão Visa Electron. Este caixa 24hrs é um ótimo ponto de apoio aos turistas visto que na maioria das cidades necessita-se dispender um tempo precioso para sacar dinheiro (filas, tempo até encontrar o cash, ...) e aqui ele fica bem no centro da feirinha.



Saímos de Purmamarca às 10:45hrs. após umas comprinhas básicas (nada comparado com as compras que lá fizemos na volta do Chile). Ocorre que os preços em Purmamarca são muito inferiores aos de San Pedro de Atacama.

Ao meio-dia atingimos os 4.200mts. de altitude na Cuesta de Lipan (estrada em forma de serpente, repleta de zigue zagues que sobe de 2.600mts até 4.200mts de altitude). Do alto podia-se ver o Vale Nevado del Chañi (5.896mts.) a 31Km de distância. Foi o único ponto da Cordilheira que conseguimos ver ainda com neve. Ficamos uns 30min. neste local apreciando a vista e percorrendo a pé o local.



Em seguida passamos pelas Salinas Grandes (antiga lagoa que secou e converteu-se numa enorme extensão plana com capa salgada de 1.500km2.) onde fizemos uma rápida parada para algumas fotos e reconhecimento da área.





Susquez: Paramos em Susquez para abastecimento. Existem 2 postos de combustível em Susquez e são a última opção antes de San Pedro de Atacama (269Km adiante). Para quem for ao Atacama recomendamos que encha o tanque neste local pois o combustível no Chile é mais caro do que na Argentina. Na Argentina o litro de Diesel custa em torno de R$ 1,40 e no Chile R$ 2,10.



Susquez está bem servida em termos de Hotéis. Vimos 2 novos ao lado da estrada com excelente qualidade. Paramos em um deles (Hotel El Unquillar) para fazer um lanche antes de continuarmos a viagem. A estrutura do Hotel é muito melhor do que a dos Hotéis que vimos em San Pedro de Atacama. A cozinha também é muito boa. Vale a parada no meio da viagem.



A cidade de Susquez não merece nenhuma atenção. Talvez seu único objetivo seja o de servir de base para a Aduana Argentina (somente para caminhões com carga) e para os postos de combustível. É realmente uma cidade que fica no meio do nada.





Ao longo da estrada é possível encontrar-se diversas propriedades que aparentemente vivem da agricultura e da pecuária. Novamente vários animais podem ser encontrados pela estrada.




Em seguida chegamos à Aduana Argentina. As pessoas que trabalham neste local são de San Salvador de Jujuy e tem turnos de 1 semana nesta Aduana. O atendimento é muito bagunçado e lento. Os controles de entrada e saída do país são feitos em planilhas de Excel. Levamos em torno de 30 minutos para nos liberarmos dos trâmites. Tivemos a sorte de não haverem filas neste dia.





60 Km adiante da Aduana chegamos ao Salar de Tara local que além do Salar é conhecido pela pedras enormes existentes no local. Nos desviamos um pouco do asfalto para registrarmos nossa passagem pelo local. Não faça o mesmo se não possuir veículo tracionado. A areia é fofa e é fácil de ficar atolado.
Não tardou muito e avistamos o Vulcão Licancabur que possui altitude de 5.914mts. e que pode ser visto de praticamente qualquer ponto da cidade de San Pedro de Atacama. O vulcão é um ótimo cartão postal da cidade. Chegamos em Atacama às 20hrs. e logo entramos na fila da Aduana Chilena. Aqui o atendimento é bem melhor do que na saída da Argentina. Todos são muito atenciosos, inclusive o Cristian, policial aduaneiro responsável pela revista dos veículos que entram no país. O Chile é um grande exportador de frutas e para garantir a qualidade exigida por seus compradores impôs barreiras fitossanitárias rigorosas para quem ingressa no país. Não é permitida a entrada de nenhum produto de origem animal ou vegetal. O que for encontrado no veículo é recolhido, inclusive aquele bumbo (com partes feitas de couro) que adquirimos em Tilcara. Tínhamos receio quanto à erva-mate mas a entrada com ela foi tranqüila.


Logo que nos liberamos fomos para o Hotel Don Raul no qual já tínhamos efetuado reserva.




Havíamos enfim chegado ao nosso destino, o Deserto do Atacama.








2 comentários:

  1. Parabéns pelo site!!!!!!!!!!adorei as dicas de vcs!
    Lindas as fotos! deu pra viajar um pouquinho com vcs!

    um abraço

    Claudia Almiro - Curitiba

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  2. Gostei por demais da conta das fotos, comentários
    e outros, já estive no chile em 2008, passagem rapida, na corrida, mas estou louco para voltar e conhecer mais pontos turísticos, suas dicas são de grande valia, Sou Valdemar Menin, Catarinense, e morro em Campo Grande-MS, a trinta anos. V_menin@hotmail.com OB

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