segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Viagem ao Deserto do Atacama - Dia 7 - Geisers de El Tatio, Pukara de Quitor, Vale de La Muerte e Vale de La Luna

De: San Pedro de Atacama
Para: Geisers de El Tatio, Pukara de Quitor, Vale de La Muerte e Vale de La Luna
Distância Percorrida: 178Km (Geisers) + 72Km (Vales + Quitor) = 250Km
Altitude Máxima atingida no dia: 4.520mts.

Comentários: Neste dia acordamos as 03:30hrs. visto que as 4hrs. estaríamo embarcando em uma Sprinter com destino aos Geisers de El Tatio. Optamos por fazer este passeio com uma agência de turismo por desconhecermos a estrada que teríamos de percorrer ainda no escuro (estrada que sabíamos não era das melhores) e também pela comodidade de podermos dormir durante a viagem já que as 4hrs. da manhã não conseguiríamos enxergar nada igual. O passeio saiu por $ 15.000,00 por pessoa (algo em torno de R$ 55,00) e se tivéssemos de ir novamente iríamos mais uma vez de Sprinter ao invés do nosso carro. São 97Km de estrada de rípio (terra) feitos em 2:30hrs.


Na metade do percurso, a 56Km fizemos uma parada a 4.520mts. de altitude. Eram por volta das 05:15hrs. O motorista da Sprinter insistiu para que desembarcássemos da camioneta para sentirmos o frio da Cordilheira. Poucos de nós descemos. Estava realmente frio lá fora. Segundo o motorista naquele trecho costumava fazer entre 5 e 10 graus negativos naquele horário. Sabendo do frio intenso que fazia durante este passeio eu e minha esposa estávamos prevenidos contra o frio levando conosco mantas, luvas, toucas, vários casacos, meias, ... Podemos dizer que não passamos frio neste passeio. Havíamos levado uma mochila de roupa para frio especialmente para este dia.

Dali continuamos a viagem até os Geisers de El Tatio. Chegamos lá as 06:39hrs. Logo na entrada existe um pórtico com banheiros e um termômetro digital. Naquele momento marcavam 8 graus negativos e estávamos a 4.308mts. de altitude.

Quando chegamos mais perto dos Geisers pudemos observar a grande quantidade de Vans e Camionetas que já estávam por lá. Após isto, muitos outros veiculos ainda chegaram. Com certeza foi o local em que pudemos verificar a maior quantidade de pessoas presentes. O frio estava intenso. O sol ainda demoraria a raiar. Turistas desavisados estavam roxos de frio. Neste lugar é preferível passar calor por excesso de roupa do que passar frio por sua falta.
Tomamos café no local. O leite foi aquecido na própria água dos Geisers que chega a 90 graus. Foi um dos melhores cafés da manhã que tivemos até aquele momento da viagem, ali, ao lado dos geisers, com pão de verdade (não torrado), patê, leite, café e biscoitos.


Percorremos a região dos Geisers por volta de 1 hora. Às 8hrs iríamos até um local distante 1Km onde poderíamos tomar banho em águas termais. Era uma piscina abastecida com água dos Geisers. A princípio a idéia de tomar banho de piscina naquele frio parecia absurda, mas e o que iríamos contar caso não tomássemos banho naquele frio ?
Encaramos. As mulheres não arriscaram, foram apenas os homens e as crianças.
O banho foi ótimo. A água tem um cheiro forte de enxofre. A água quente parecia sair da própria areia que havia no fundo da piscina.


Saindo dali começamos a voltar para San Pedro, mas antes fizemos algumas paradas em um vale repleto de llamas e também no povoado de Machuca.

No povoado de Machuca comemos um saboroso espetinho de carne de llama e também pastéis de queijo de cabra. Este foi nosso almoço do dia. Não poderia ter sido melhor. O vilarejo é quase abandonado, se ninguém nasceu, morreu ou fugiu, devem haver entre 6 e 8 habitantes. Esta foi a informação repassada pelo assador dos churrasquinhos.

Chegamos em San Pedro às 12:30hrs. e após um rápido descanso de alguns minutos nos deslocamos para a Pukara de Quitor. Quitor fica a 3Km do centro de San Pedro e foi o local da batalha que determinou a conquista espanhola sobre os índios atacamenhos. As ruínas desta fortaleza não estão muito bem conservadas, mas ainda assim permitem imaginar a distribuição espacial das edificações.
A Pukara, que em quéchua, significa "fortaleza", fica no alto de um morro na Cordilheira de La Sal (foto ao lado), com uma bela vista do vale onde se localiza.
Neste dia sentimos o sol forte que assola a região. Eram 14hrs. e estávamos a subir os morros que compõe a Pukara de Quitor. A subida é cheia de voltas, com muita areia e sem nenhuma sombra (sombra no Deserto do Atacama ?). Ainda bem que fomos prevenidos com bastante água.

Tínhamos que ser rápidos em nossa visita pois as 15:30hrs nos encontraríamos com com os demais amigos que haviam ficado no Hotel para descansar. Atingimos o alto da Pukara às 15hrs. Tínhamos poucos minutos para apreciar a vista, descansar, descer o morro e ainda chegar no Hotel a tempo para dali sairmos para o Vale de La Luna e o Vale de La Muerte.

Do alto da Pukara era possível avistar a cidade de San Pedro, o Vale de La Muerte, o Vulcão Licancabur, o Salar do Atacama e muito mais. A Pukara parecia estar colocada em um lugar estratégico pois dela era possível ver a estrada que passa pelo meio do Vale de La Muerte. Era como se dali pudéssem ser preparadas as enrascadas/ataques aos inimigos que entrassem pelo Vale de La Muerte. O local era perfeito para isto.

Chegamos ao Hotel exatamente as 15:30hrs. Os demais viajantes já estamos a postos, prontos para partirmos.

Partimos inicialmente para o Vale de La Muerte que está sinalizado com uma placa de Cordillera de La Sal. É um vale de aproximadamente 2Km de extensão com rochas, monumentos naturais e dunas, onde é possível praticar sandboard (é necessário alugar a prancha no centro de San Pedro). Não chegamos a atravessar todo o Vale de La Muerte pois dos 3 veículos em que estávamos o meu (GM Tracker) não passou pelo local em que a areia estava mais densa. Acabamos voltando pelo mesmo caminho pelo qual havíamos vindo.

Na seqüência fomos para o Vale de La Luna. Este vale é uma extensão de terra e areia avermelhada, rico de singulares formações rochosas moldadas pelo trabalho da erosão. Visitamos a mina de sal (foto à esquerda) e uma das cavernas em que é possível entrar (foto à direita).



Ao final da tarde, quando íamos voltando para o mirante conhecido por seu belíssimo pôr do sol acabamos encontrando um casal de estrangeiros atolado com sua pick-up alugada. Após desatolarmos eles da areia seguimos nosso caminho.

É impressionante a quantidade de turistas de outros países que encontramos tanto na Argentina como no Chile. Eram alemães, belgas, franceses, americanos, de tudo quanto é lado. Nós que somos de região alemã freqüentemente encontrávamos excursões de alemães, até mesmo em Humahuaca.

Quando chegamos ao mirante do Vale de La Luna já haviam centenas de pessoas subindo o morro em busca do melhor lugar para apreciar o pôr do sol. A subida é bastante cansativa, ainda mais após um dia inteiro de atividades, mas a vista do topo compensa o esforço.

Chegávamos assim ao fim de mais um dia de nossa viagem. Amanhã partiríamos para o litoral do Oceano Pacífico, especificamente Antofagasta.

























Próximo dia >>>>>

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