segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Viagem ao Deserto do Atacama - Dia 9 - La Portada e Mejillones

De: Antofagasta (CHL)
Para: Mejillones (CHL)
Distância Percorrida: 210Km

Comentários: Neste dia combinamos de ir para Mejillones. Nos encontramos no café (desayuno) as 9hrs. O café da manhã estava ótimo.

Antofagasta é a capital da província (Estado) de mesmo nome e deve ter próximo de 400 mil habitantes e hoje é a principal cidade do norte do Chile. A cidade foi fundade em 1868 pelo governo boliviano e tornada chilena após a Guerra do Pacífico.





Saímos para conhecer o Museu de Antofagasta mas ele estava fechado em função do feriado (31/12). Passamos pela Plaza Cóllon (acima), Catedral, Pátio Ferroviário (foto), Grua a Vapor e Ruínas de Huanchaca.



As Ruínas de Huanchaca ficam praticamente no centro da cidade e retratam a existência de uma mina de prata que funcionou entre 1873 e 1902 chegando a serem processadas 200 toneladas de prata por dia com mais de 1.000 trabalhadores.

Do alto das Ruínas tem-se uma linda vista do litoral de Antofagasta.

O litoral de Antofagasta é de difícil acesso aos banhistas. A orla é repleta de pedras e em apenas alguns lugares é possível banhar-se. O Balneário Municipal (foto)é um destes lugares.
Queríamos ter conhecido também o Mercado Público, mas o local parecia mais um mini-paraguai com milhares de pessoas na rua.

Seguimos em direção ao monumento "La Portada" (foto abaixo), monumento natural símbolo de Antofagasta com 43m de altura e 70m de largura, no formato de um arco.


Após esta parada seguimos para Mejillones 65Km distante de Antofagasta.

Mejillones: balneário com menos de 9 mil habitantes que ganhou este nome devido à abundância deste pequeno molusco (mexilhão) que tornou-se comida popular entre seus habitantes. Suas praias são de águas límpas e calmas e são bastante procuradas pelos praticantes de esportes náuticos. Mejillones é uma cidade turística e portuária.
Após o almoço no Restaurante La Pica de Marco Antônio seguimos em direção à Punta Rieles onde segundo o Guia "O Viajante" deveriam haver em torno de 5.000 lobos marinhos. Infelizmente vimos apenas uns 5 deles, os demais 4.995 deveriam estar viajando em função do feriado de ano novo.

O acesso à Punta Rieles não é difícil, mas também não é fácil. A estrada é asfaltada em boa parte do trecho, mas no final tem alguns locais que exigem tração (principalmente na volta). Apesar da Tracker ser tracionada resolvi não descer o morro com ela e pegar uma carona na Pajero.

Fomos também à busca das tartarugas verdes (espécie que pode chegar a 180kg) mas a informação que tivemos é que os lobos marinhos estavam atacando as tartarugas e com isto elas migraram para Antofagasta, na região próximo a La Portada. Chegamos a passar por lá na volta mas não as avistamos.

Em Mejillones foi a única vez que tivemos de parar o carro para esperar o trem passar. Chamou-nos a atenção que mesmo quando não tem um trem próximo à ruta (estrada) os motoristas chilenos tem o costume de parar o carro completamente nos cruzamentos. Os trilhos de trem cruzam freqüentemente a estrada, existem apenas placas de Stop como em um cruzamento normal, a diferença é que a preferencial é sempre dos trens.





Retornamos à Antofagasta no final da tarde, eram próximo das 19:45hrs. Não poderíamos deixar de ir ao Oceano Pacífico e não tomar um banho de mar. Dizem que o mar é frio no Pacífico. Quente é que não é, mas que está acostumado ao mar do Rio Grande do Sul logo acostuma com a água fria do Pacífico. Tomamos nosso banho tranqüilamente no Balneário Municipal, local bastante próximo do hotel. No horário em que fomos não havia mais ninguém por lá. Apenas 3 de nós arriscaram o banho de mar.

Voltamos ao Hotel. Os demais integrantes de nossa trupe estavam na piscina aquecida. Nos juntamos a eles e lá ficamos por mais 1 hora. Ao sair da piscina combinamos de nos encontrar na recepção um pouco mais tarde para sairmos à busca de um lugar para jantar. Era 31/12, véspera de Ano Novo.

Ceia de Ano Novo: Nos encontramos na recepção por volta das 22hrs. Já havíamos colocado nossas espumantes na geladeira do hotel (havíamos comprado no Mercado Jumbo). Agora restava encontrar um local para janta. O máximo que poderia acontecer era todos os restaurantes estarem fechados e termos de ir no McDonald´s que havia na Av. Constanera. Pegamos os carros e saímos à procura. Logo percebemos que não teríamos opções. Até mesmo o McDonald´s estava fechado.
Paramos no primeiro posto de combustível que encontramos e liquidamos o estoque de sanduíches que lá havia. As opções eram poucas (no dia seguinte fomos descobrir que estavam com o prazo de validade vencido. Ainda bem que vimos apenas no dia seguinte).
Tentamos comprar umas cervejas mas também não conseguimos.
Retornamos ao hotel para nossa ceia no local do café da manhã. Tomamos conta do local. Devem ter estranhado nosso "acampamento" e pensado: "tinham que ser brasileiros".
Um pouco antes da meia-noite fomos para a frente do Hotel para acompanhar a queima de fogos que ocorreria na Av. Costaneira. A primeira coisa que nos chamou a atenção é que os fogos começaram apenas após a meia-noite, apenas nós cantamos o tradicional "adeus ano velho, feliz ano novo, ..." em frente ao Hotel.
Os fogos foram bastante comedidos, nada de muito espalhafatoso. Chamou a atenção que além da queima de fogos oficial não ouviram-se outros foguetes nem antes, nem durante, nem depois da virada de ano. Ao acabarem os fogos na Av. Costanera todos foram embora. Estávamos hospedados de frente para a rua e não escutamos nenhum ruído após a meia-noite. Será que apenas os brasileiros são viciados em foguetes ?
Até mesmo a bebida parecia controlada entre os hermanos.

Cerveja: a dificuldade de comprar cervejas é um fato que nos chamou a atenção. Uma das explicações para o brasileiro tomar muito mais cervejas que os Chilenos com certeza é a facilidade que temos de encontrá-las no Brasil. Aqui, em qualquer esquina compra-se cervejas geladas. No Chile nos chamou a atenção que na Av. Costanera (Av. de frente para o mar) não existem bares. Para onde este povo vai quando quer sair ? Os bares não vendem cerveja e os restaurantes não podem permitir que as garrafas sejam levadas para fora de seu estabelecimento. Pelo que vimos uma das únicas formas de beber no Chile é comprando cerveja no mercado.

Horário da Sesta: Outro fato que nos chamou a atenção na Argentina e Chile é o horário da sesta, ou do cochilo. O primeiro local que percebemos isto foi em San Salvador de Jujuy. O comércio lá fecha às 14hrs. e reabre as 17hrs. O mesmo acontece em San Pedro de Atacama, nestes mesmos horários. Qual a explicação ? O calor ou o fato dos turistas saírem para passear durante o dia e procurarem o comércio no final da tarde. Nestas cidades o comércio vai até depois das 20hrs. Em Antofagasta não percebemos esta característica, mas como estamos falando de costumes diferentes eis aí mais um deles.




Próximo dia >>>>>

Um comentário:

  1. Existe uma lei local para vendas de bebidas. A permissao para venda de bebida alcoolica somente eh liberada apos um determinado periodo minimo de funcionamento do estabelecimento. A vdd eh que nenhum bar conseguiria se manter sem a venda de bebidas alcoolicas. Por esse motivo nao existem bares por la.

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