quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Viagem à Machu Picchu - De Tilcara (ARG) à Tupiza (BOL)


Explicação sobre a Pucara de Tilcara


Na sequência visitamos o Museu Arqueológico Dr. Carlos Casanova que retrata um pouco a história da região.

As 10:45h, com o carro já abastecido no posto YPF local seguimos viagem em direção à Bolívia. No caminho registramos nossa passagem em Huancalera, localidade em que existe um marco do Trópico de Capricórnio.

Em todo o percurso que fazíamos nos acompanhava a paisagem típica da região: grandes vales (as chamadas "quebradas"), morros altos (mais altos do que os 2.500mts de altitude em que viajávamos), o leito do Rio Grande quase seco, morros das mais variadas cores e vegetação pobre, caracterizada basicamente por cáctus.

Chegamos em Humahuaca às 11:30h e logo seguimos para o centro do vilarejo. Nos chamou a atenção o grande fluxo de turistas. A Humauaca que havíamos conhecido em dez/2007 dava agora lugar a um polo turístico, embora com a mesma e pouca infra-estrutura de 2 anos atrás.

Logo nos dirigimos à praça central onde ao meio-dia apareceria a estátua de um santo São Franscisco na torre da municipalidad (prefeitura). Após subimos as escadarias do Monumento aos Heróis pela Independência, relativo ao período de 1810 a 1823.

Ao decermos as escadas coloquei-me à procurar a menina Abigail que foi nossa guia turística 2 anos atrás. Sua simpatia e "decoreba" sobre a história da cidade nos encantou na ocasião, dando inclusive vontade de a levarmos conosco ao Brasil. Pedi informações e em pouco tempo ela veio até nós, agora com 12 anos de idade. Seu discurso decorado continua o mesmo e todo nosso grupo reuniu-se em torno dela. Ganhei novos adeptos da idéia de levá-la ao Brasil, entre eles a Stella.

Na volta visitamos a igreja construida no ano de 1631 e que tem seu altar banhado a ouro.

Almoçamos em Humauaca no Restaurante Quinoa e às 14:40h retomamos nossa viagem.

No caminho paramos em Tres Cruces, a 3.700mts de altitude (15:30h). No local existe uma grande quebrada (vale de canions) de várias cores e formatos. Alguns metros adiante fomos atacados pela polícia que nos pediu nossa documentação.

Às 16:50h chegamos na Aduana de La Quiaca, fronteira com a Bolívia. Levamos 2 horas para fazer a Aduana e só foi possível seguirmos viagem utilizando-nos da prática de propina (corrupção), mas isto é assunto para um tópico específico visto ter sido uma experiência ímpar.

Saímos da Aduana, agora já em Villazon no lado Boliviano às 18:50h e logo fizemos câmbio a US$ 1,00 = B$ 6,95 (bolivianos).

Até este momento havíamos rodado exatos 200Km neste dia e fato que nos chamou a atenção foi a economia dos carros (consumo) visto que mesmo em um trecho acima de 3.000mts tivemos neste percurso a melhor economia. A Grand Vitara fez, por exemplo 10,2Km/lt, enquanto nos trechos anteriores fazia entre 8 e 9Km/lt. (considerando velocidades constantes na faixa de 140Km/h. Fica aí uma questão a ser respondida por nossos leitores: porque o fato de ter menos oxigênio nesta altitude melhora o desempenho dos carros ? É possível regular o carro para que no Brasil tenha desempenho semelhante ?

Saímos de Villazon em direção à Tupiza onde passaríamos à noite. Sabíamos que seriam 90Km de estrada de chão, só não imaginavamos que sairíamos da Aduana tão tarde, faltando apenas 1 hora para o pôr-do-sol.

Após pedirmos informações fomos até um posto de combustível para baixar a pressão dos pneus para que não sofrermos tanto com os solavancos da estrada de terra. Por fim saímos do posto às 19:25h e às 19:33h já tivemos de fazer nossa primeira parada pois a X-Terra dos Tussi estava com um pneu furado. Este trecho de Villazon à Tupiza e depois de Tupiza à Potosi também merecerá um capítulo à parte visto ter sido uma verdadeira aventura, fazendo juz ao título do site "Turismo e Aventura".

Chegamos à Tupiza às 23:30h, tendo levado 03:30h para percorrer 99Km. Estávamos exaustos. Neste dia percorremos 299Km em 06:05h, a uma velocidade média de 49Km/h, prejudicada pelo trecho da Bolívia.

Nos hospedamos no Hotel Mitru, a B$ 150,00 o casal, o equivalente a R$ 27,50. O hotel é muito bom e indicamos. Neste momento começamos a perceber como a moeda boliviana esta extremamente desvalorizada. Pode-se dizer que os preços de quase todos produtos locais são de 1/3 do valor do Brasil.

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