Logo na saída de Villazon tivemos de pagar pedágio. O estranho é que tivemos de pagar tanto do lado direito da rua como no esquerdo, isto sem tirar o carro do lugar. Isto aconteceu mais algumas vezes no caminho à Potosi, sendo que o ticket de Villazon tem sempre de ser apresentado nos demais pontos de pedágio.
Praça de pedágio de Villazon
Tendo rodado menos de 10 min. a partir de Villazzon já fizemos nossa primeira parada para troca de pneu da X-Terra do Tussi. Ele havia cortado o pneu pelo lado de dentro. Colocado o estepe seguimos viagem.
Eram 20h quando de fato iniciamos nosso percurso até Tupiza. Avaliamos que seria melhor fazer 90Km de terra neste dia (mesmo que à noite) e os demais 90Km no dia seguinte do que fazer todos os 180Km em um único dia.
Enfrentamos o trecho com coragem, mesmo em se tratando de uma estrada desconhecida, em um país desconhecido e como agravante, dirigindo à noite.
Durante o percurso, fomos descobrir que a chuva que caiu durante nossa estada na Aduana havia prejudicado alguns trechos da estrada, principalmente aqueles em que o leito do rio e a estrada são a mesma coisa, sendo que a água das chuvas carrega a areia/saibro da estrada com muita facilidade. Em certo local, distante 20Km de Potosi, por volta das 22h ficamos mais de 50 min. parados esperando que uma máquina recuperásse a estrada que passava dentro do leito do rio.
Combinamos de o Valmor seguir na frente e a Bea foi nossos olhos narrando pelos rádios PY o que vinha pela frente para os outros 2 carros que seguiam em meio à poeira, anunciando: buracos, desníveis, água, barro, carros no sentido contrário,...
Neste trecho nos surpreendeu a velocidade desenvolvida pelos ônibus e caminhões que simplesmente ignoram a existência de outros carros na pista.
Levamos 04:30h para percorrer os 99Km até Tupiza, lá chegando às 23:30h, a uma altitude de 2.350mts.
No dia seguinte seguimos viagem em direção à Potosi, 255Km adiante de Tupiza, dentre os quais 136Km de estrada de chão (acreditávamos que seriam apenas 90Km).
A estrada de chão inicial é de Villazon até Cotagaita, um pequeno povoado na região. E depois de ficarmos felizes por ingressarmos em um asfalto bom, sem buracos, a 95Km de Potosi enfrentamos mais 50Km de estrada de terra.
O visual que tem-se no caminho é recompensador, apesar da viagem ser por demais cansativa. No segundo dia passamos por muitos atoleiros e leitos de rio, mas sempre vencemos os desafios sem problemas e sem danos nos veículos. Quando abastecemos os carros em Cruce del Caica os carros estavam irreconhecíveis e mesmo com os faróis ligados quase não se via sua luz.
Brincamos com o Tussi que este foi seu debute em trilhas e estradas de chão. Vamos ver se ele pega gosto pela coisa.
Um dos trechos que enfrentamos
Desvio em virtude de um caminhão ter atolado na pista principal
Para quem fizer este trecho de carro não espere encontrar nenhuma infra-estrutura. Os únicos pontos de apoio (posto de combustível e borracharia) a partir de Villazon são em Tupiza e Cruce del Caica.
Ao final do dia 23/12/09 decidimos dormir em Potosi, a pouco mais de 4.000 metros de altitude, com certeza uma das cidades mais altas do mundo.
A aparência dos carros no meio do percurso
Valmor,diz pro Tussi fazer o curso do Detran...eh,eh,eh.
ResponderExcluirTu tenta não rir mas não consegue.