À todos os nossos familiares e amigos desejamos um Ano Novo repleto de saúde, felicidade e realizações, realizações como a nossa de estarmos concretizando esta viajem.
Valmor, Bea, Gabriel e Eduarda
Valmor, Bea, Gabriel e Eduarda
Machu Picchu está a 2.450mts de nível do mar e a cidade perdida dos incas foi descoberta pelo historiador americano Hiran Bingham em 24 de Julho de 1911. Antes desta data boa parte dos quéchuas que vivia na região andina, na zona do Rio Urubamba, sabia da existência de uma cidade escondida no meio da selva. A "descoberta" de Hiran ocorreu com a ajuda de um garoto quéchua e quando lá chegaram as ruínas estavam completamente cobertas pela vegetacao e foram necessárias muitas expedições ao local até que fosse feita toda a limpeza do lugar.
Machu Picchu quer dizer "montanha velha" na tradução do idioma Quéchua.
A cidade é dividida em duas áreas: uma agrícola e uma urbana. Na parte agrícola os terraços demonstram as avançadas técnicas de cultivo dos incas, assim como a prevenção de erosões.
Área Agrícola
Ao longo do sítio identificam-se praças, santuários, fontes, torres, tumbas e residências.
Recentemente tem se dito que a designação "incas" não se aplicava ao povo e sim aos imperadores, os líderes.
Das construções hoje existentes 75% é original da época inca e 25% foi reconstruído desde seu descobrimento.
Huayna Picchu: o local conhecido como "Machu Picchu" esta entre dois grandes cerros (morros), o Cerro Machu Picchu (tradução "morro velho") e o Huayana Picchu ("morro novo"). O Huayana Picchu é a montanha que reina soberana em frente a Machu Picchu e que consta em todas as fotografias conhecidas de Machu Picchu. É possível subir o Huayana Picchu a pé em visitas limitadas a 400 pessoas por dia, sendo feitas em dois horários: às 7h e às 10h. da manhã.
Ao fundo o Huayna Picchu
Saímos de Machu Picchu praticamente no último trem do dia que sai de lá às 17:30h rumo à Águas Calientes.
Antes vale um adendo: finalmente, depois de vários dias de viagem pela Argentina (desde Humahuaca), Bolívia e agora Perú, chegamos à 3.360mts de altitude em Cuzco. Não aguentávamos mais viajar em altitudes na casa dos 4.000mts. Acreditávamos que agora conseguiríamos colocar nosso organismo em situação de normalidade. O que nos ajudará ainda mais será passar uma noite em Águas Calientes, povoado habitado, ao lado do Sítio Histórico de Machu Picchu, que fica a "apenas" 2.050mts de altitude em relação ao nível do mar.
Neste dia acordamos cedo. As 6h já estávamos terminando de tomar café para após ir buscar os carros que estavam em um estacionamento longe do hotel (tivemos de ir de táxi). Às 06:30h todos já estavam nos carros e rumo à Ollantaytambo, distante 75Km de Cusco, onde pegaríamos nosso trem com destino à Machu Picchu. Passamos pela estrada que passa por Chinchero e depois Urubamba, rota esta de bastante curvas (quase uma Serra do Rio do Rastro).
Levamos 01:30h para chegar à Ollantaytambo e lá chegando logo deixamos os carros em um estacionamento (R$ 2,00 por dia) e seguimos para a estação de trem, onde às 08:55h pegaríamos o trem Backpacker com destino à estação Machu Picchu.
O trajeto de trem entre Ollantaytambo e Machu Picchu é muito bonito. O trem passa o tempo todo costeando o Rio Urubamba que nesta época apresenta uma quantidade muito grande de água por já ser época de chuvas. Os morros (cerros) que ficam ao lado do leito do rio são impressionantemente altos.
Chegamos à Águas Calientes às 10:30h e seguimos direto para nosso hotel para guardar as bagagens.
Depois de fazer câmbio, comprar a passagem do ônibus que vai a Machu Picchu e aguardar a fila para pegar o ônibus (imaginem todos os que chegaram de trem quererem subir à Machu Picchu na mesma hora), finalmente às 12h estávamos no ônibus e às 12:30h chegávamos na tão esperada Machu Picchu.
O tempo não estava contribuindo muito: já haviamos pego chuva, sol, neblina, frio, calor, tudo em pouco espaço de tempo.
Mas, Machu Picchu é um assunto que merece um tópico específico.
Puno foi fundada pelos espanhóis em 1668 e anteriormente foi habitada por povos que faziam parte da cultura Pukara, pelo Império Tiahuanaco e pelos incas.
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Do cais do porto de Puno partimos para uma visita às famosas Ilhas Flutuantes de Urus, onde o povo que habita o Lago Titicaca aprendeu a construir ilhas inteiras a partir da "totora", uma planta que cresce às margens do lago e que se assemelha a uma espécie de junco. O acúmulo do caule dessa planta forma o solo das famosas ilhas flutuantes.
O caule da totora também serve de alimentação, apesar de ser como um palmito, mas sem gosto algum.
Léa segurando a totora
Nativo descascando a totora para alimentação
Visitamos uma das várias ilhas que compõe o local: geralmente em cada ilha moram de 5 a 8 famílias. Lá conhecemos um pouco da rotina destes moradores que vivem atualmente muito mais do turismo (venda de artesanato) do que da pesca.
A forma típica de transportar as crianças na Bolívia e Perú
A ilha flutuante que visitamos estava localizada em um local onde o Lago Titicaca tinha mais de 15 metros de profundidade.
A visita às Ilhas Flutuantes de Urus é realmente uma boa pedida para todos que querem conhecer o Lago Titicaca e também um pouco da história do local. A habilidade turística para explorar (no bom sentido)o potencial das Ilhas Flutuantes é impressionante.
Na aduana do Perú mais uma vez nos exigiram a apólice da extensão de cobertura do seguro dos carros. Argumentamos que esta seria devida apenas para estadias no país superiores a 30 dias, mas logo percebemos que o policial da aduana queria um regalo (presente). Desta vez foi o Valmor que puxou a frente dando 2 bonés e uma camiseta amarela com logo da seleção brasileira, que minutos antes ele próprio autografara como "Ronaldo". Enfim estávamos liberados.
Fizemos câmbio de dólares para soles (moeda peruana) ali mesmo, no meio da rua, em uma tendinha que mais parecia uma banca de picolé.
No caminho para Puno fomos apreciando a vista do lago Titicaca que nos acompanhava ao lado direito.
O Titicaca (pronúncia Titi-háhá) é o lago navegável mais alto do mundo, com 3.812mts de altitude e faz a divisa da Bolívia e Peru. Aproximadamente 50% do lago pertence a cada um dos países.
A ilha tem 3 povoados: Yumani, o principal, no topo do morro ao sul; Challapampa, na costa norte, e Cha'lla, no centro-leste. Ao norte ficam as principais ruínas e as paisagens mais interessantes, enquanto o sul dispõe de maior infra-estrutura.
O passeio de barco saindo de Copacabana demora 1:30h e apesar de o dia estar ensolarado o vento frio nos assustou. Vale lembrar que a temperatura a 4.000mts de altitude é próxima dos 15 graus.
Na Isla del Sol vivem em torno de 3.500 pessoas cujo sustento é a agricultura, pesca e o turismo. A ilha tem 11Km de comprimento por 8Km de largura.
Para conhecer as atrações é necessária boa disposição para os mais de 400 degraus da escadaria existente na ilha.
Retornamos para o Hotel já por volta das 18h e à noite jantamos no restaurante do próprio hotel.
No dia 27/12 pela manhã conhecemos em Copacabana a Plaza 2 de Febrero, que tem à seu redor a Catedral de la Virgen de la Candelária, um dos mais exuberantes entre os grandes templos religiosos da Bolívia. O interior da igreja é realmente muito lindo, sendo concorrente à linda igreja de Salta na Argentina.
Nativo com a boca "entupida" de folhas de coca