quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo à todos nossos familiares e amigos

31/12/2009 - Estamos em Cusco à poucas horas da virada de ano. Comemoraremos a virada de ano 3 horas depois do que no Brasil visto termos 3 horas de fuso horário.

À todos os nossos familiares e amigos desejamos um Ano Novo repleto de saúde, felicidade e realizações, realizações como a nossa de estarmos concretizando esta viajem.

Um abraço do Barão, Stella e JúliaBárbara e Dilson

Valmor, Bea, Gabriel e Eduarda

Márcio e Léa

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Expedição em Machu Picchu no Perú

28/12/2009 - Eram 12:30h quando chegamos à entrada principal de Machu Picchu. A passagem do ônibus de Águas Calientes até Machu Picchu é de US$ 14,00 (ida e volta) e o ingresso em Machu Picchu mais US$ 40,00.



A foto oficial do grupo


Logo na entrada contratamos a guia Daniela que nos acompanhou durante todo o passeio. Como estávamos em grupo saiu apenas R$ 6,00 por pessoa.



Machu Picchu está a 2.450mts de nível do mar e a cidade perdida dos incas foi descoberta pelo historiador americano Hiran Bingham em 24 de Julho de 1911. Antes desta data boa parte dos quéchuas que vivia na região andina, na zona do Rio Urubamba, sabia da existência de uma cidade escondida no meio da selva. A "descoberta" de Hiran ocorreu com a ajuda de um garoto quéchua e quando lá chegaram as ruínas estavam completamente cobertas pela vegetacao e foram necessárias muitas expedições ao local até que fosse feita toda a limpeza do lugar.


Machu Picchu quer dizer "montanha velha" na tradução do idioma Quéchua.

A cidade é dividida em duas áreas: uma agrícola e uma urbana. Na parte agrícola os terraços demonstram as avançadas técnicas de cultivo dos incas, assim como a prevenção de erosões.



Área Agrícola


No setor urbano a arrojada arquitetura se distingue pelas perfeitas construções de pedras engenhosamente encaixadas.


Área Urbana


Ao longo do sítio identificam-se praças, santuários, fontes, torres, tumbas e residências.




Recentemente tem se dito que a designação "incas" não se aplicava ao povo e sim aos imperadores, os líderes.

Das construções hoje existentes 75% é original da época inca e 25% foi reconstruído desde seu descobrimento.




Huayna Picchu: o local conhecido como "Machu Picchu" esta entre dois grandes cerros (morros), o Cerro Machu Picchu (tradução "morro velho") e o Huayana Picchu ("morro novo"). O Huayana Picchu é a montanha que reina soberana em frente a Machu Picchu e que consta em todas as fotografias conhecidas de Machu Picchu. É possível subir o Huayana Picchu a pé em visitas limitadas a 400 pessoas por dia, sendo feitas em dois horários: às 7h e às 10h. da manhã.


Ao fundo o Huayna Picchu


Saímos de Machu Picchu praticamente no último trem do dia que sai de lá às 17:30h rumo à Águas Calientes.


segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Viagem à Machu Picchu - De Cusco (PER) à Machu Picchu (PER)

28/12/2009 - Finalmente chegou o dia de conhecermos Machu Picchu. Viajamos 3.900Km para conhecer esta que é uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.

Antes vale um adendo: finalmente, depois de vários dias de viagem pela Argentina (desde Humahuaca), Bolívia e agora Perú, chegamos à 3.360mts de altitude em Cuzco. Não aguentávamos mais viajar em altitudes na casa dos 4.000mts. Acreditávamos que agora conseguiríamos colocar nosso organismo em situação de normalidade. O que nos ajudará ainda mais será passar uma noite em Águas Calientes, povoado habitado, ao lado do Sítio Histórico de Machu Picchu, que fica a "apenas" 2.050mts de altitude em relação ao nível do mar.

Neste dia acordamos cedo. As 6h já estávamos terminando de tomar café para após ir buscar os carros que estavam em um estacionamento longe do hotel (tivemos de ir de táxi). Às 06:30h todos já estavam nos carros e rumo à Ollantaytambo, distante 75Km de Cusco, onde pegaríamos nosso trem com destino à Machu Picchu. Passamos pela estrada que passa por Chinchero e depois Urubamba, rota esta de bastante curvas (quase uma Serra do Rio do Rastro).

Levamos 01:30h para chegar à Ollantaytambo e lá chegando logo deixamos os carros em um estacionamento (R$ 2,00 por dia) e seguimos para a estação de trem, onde às 08:55h pegaríamos o trem Backpacker com destino à estação Machu Picchu.



O trajeto de trem entre Ollantaytambo e Machu Picchu é muito bonito. O trem passa o tempo todo costeando o Rio Urubamba que nesta época apresenta uma quantidade muito grande de água por já ser época de chuvas. Os morros (cerros) que ficam ao lado do leito do rio são impressionantemente altos.

Chegamos à Águas Calientes às 10:30h e seguimos direto para nosso hotel para guardar as bagagens.



Depois de fazer câmbio, comprar a passagem do ônibus que vai a Machu Picchu e aguardar a fila para pegar o ônibus (imaginem todos os que chegaram de trem quererem subir à Machu Picchu na mesma hora), finalmente às 12h estávamos no ônibus e às 12:30h chegávamos na tão esperada Machu Picchu.


O tempo não estava contribuindo muito: já haviamos pego chuva, sol, neblina, frio, calor, tudo em pouco espaço de tempo.

Mas, Machu Picchu é um assunto que merece um tópico específico.

Ilhas Flutuantes de Uros - Puno (PER)

27/12/2009 - Puno é a maior das cidades localizadas às margens do Lago Titicaca. O município está localizado a 3.855mts de altitude.


Puno foi fundada pelos espanhóis em 1668 e anteriormente foi habitada por povos que faziam parte da cultura Pukara, pelo Império Tiahuanaco e pelos incas.


Clique sobre a imagem para ampliá-la


Do cais do porto de Puno partimos para uma visita às famosas Ilhas Flutuantes de Urus, onde o povo que habita o Lago Titicaca aprendeu a construir ilhas inteiras a partir da "totora", uma planta que cresce às margens do lago e que se assemelha a uma espécie de junco. O acúmulo do caule dessa planta forma o solo das famosas ilhas flutuantes.



O caule da totora também serve de alimentação, apesar de ser como um palmito, mas sem gosto algum.


Léa segurando a totora

Nativo descascando a totora para alimentação


Visitamos uma das várias ilhas que compõe o local: geralmente em cada ilha moram de 5 a 8 famílias. Lá conhecemos um pouco da rotina destes moradores que vivem atualmente muito mais do turismo (venda de artesanato) do que da pesca.


A forma típica de transportar as crianças na Bolívia e Perú


A ilha flutuante que visitamos estava localizada em um local onde o Lago Titicaca tinha mais de 15 metros de profundidade.



A visita às Ilhas Flutuantes de Urus é realmente uma boa pedida para todos que querem conhecer o Lago Titicaca e também um pouco da história do local. A habilidade turística para explorar (no bom sentido)o potencial das Ilhas Flutuantes é impressionante.


O barco feito de totora

Trajes típicos locais

Consumo de combustível na Bolívia e Perú

Algo que tem nos deixado intrigados é o fato de que nossos 3 veículos (2 deles a gasolina e 1 a diesel) estarem fazendo médias de consumo muito diferentes do realizado no Brasil.

Como exemplo, no trecho entre La Paz e Cusco, enfrentando altitudes acima de 4.000mts, com trânsito engarrafado em La Paz e El Alto, muitas curvas antes de Copacabana e também de Cuzco, ainda acima verificamos consumo médio de 10,8Km/lt na Grand Vitara e na X-Terra, valores bem acima do que faríamos no Brasil, onde a Grand Vitara não passaria dos 9Km/lt.

Fica aí nossa dúvida: será o combustível brasileiro tão inferior ao combustível dos países hermanos ? Será que o efeito da altitude pode gerar consequência tão positiva aos veículos ?

Quanto à questão do combustível brasileiro, com exceção do Uruguai o Brasil possui o maior preço por litro de gasolina, sendo que na Bolívia, por exemplo, pagamos R$ 0,94 e no Perú R$ 1,50. Temos aí um duplo efeito em economia, além do combustível ser consideravelmente mais barato seu rendimento é bem maior.

Alguém tem algum palpite sobre o assunto ? Deixe seu comentário.

Viagem à Machu Picchu - De Copacabana (BOL) à Cuzco (PER)

27/12/2009 - Saímos de Copacabana por volta das 9h da manhã. A exemplo da entrada na Bolívia, o combustível em Copacabana era 100% maior do que o apresentado na bomba. Na bomba o valor era de B$ 3,74 e acabamos pagando B$ 7,48 sob o argumento de que em cidades de fronteira o imposto é maior para veículos estrangeiros.

Chegamos na Aduana Boliviana em Kanani, às 09:30h e os trâmites foram finalizados na Aduana Peruana às 10:30h. Nesta última encontramos afixado o adesivo da viagem feita pelo Xico Novak para Machu Picchu em Jan/08.





Adesivo da Expedição feita pelo Xico Novak



Na aduana do Perú mais uma vez nos exigiram a apólice da extensão de cobertura do seguro dos carros. Argumentamos que esta seria devida apenas para estadias no país superiores a 30 dias, mas logo percebemos que o policial da aduana queria um regalo (presente). Desta vez foi o Valmor que puxou a frente dando 2 bonés e uma camiseta amarela com logo da seleção brasileira, que minutos antes ele próprio autografara como "Ronaldo". Enfim estávamos liberados.

Fizemos câmbio de dólares para soles (moeda peruana) ali mesmo, no meio da rua, em uma tendinha que mais parecia uma banca de picolé.



"Casa de Câmbio"



No caminho para Puno fomos apreciando a vista do lago Titicaca que nos acompanhava ao lado direito.



Pouco depois de Ilave, pegamos um trecho de 20Km de asfalto bastante ruim. Chegamos a acreditar que esta seria uma realidade no Perú, mas por sorte o asfalto melhorou logo adiante.




Logo que cruzamos a fronteira Bolívia - Perú percebemos duas grandes mudanças: 1) não vimos mais crianças implorando por esmolas nas ruas; 2) passamos a ver pequenas propriedades com plantações e animais. Ao que tudo indicava teríamos uma viagem por um país mais próspero do que a Bolívia.




Chegamos em Puno às 13h e logo seguimos para o porto onde conheceríamos as Ilhas Flutuantes de Uros (haverá um tópico específico sobre esta visita que foi nota 10). Às 15:40h estávamos de volta à Puno, onde comemos truta no cais do porto.

Às 16:30h voltamos a pegar a estrada. Teríamos mais de 400Km para rodar ainda neste dia para chegarmos à Cusco.

Já as 17:10h passamos por Juliaca, cidade de 200 mil habitantes em que encontram-se as famosas motos Tuc-Tuc, no melhor estilo de Nova Dehli na Índia. Além das motos também bicicletas são utilizadas como táxi. O trânsito é bem conturbado no centro da cidade, apesar de ser domingo.



Por falar em domingo, neste dia completávamos 1 semana fora de casa, restando mais 2 semanas até retornarmos ao Brasil.

Próximo das 19h passamos ao lado do Pico Nevado Kunurana que tem altitude de 5.420mts.



Passamos por Abra La Raya, techo de percurso a 4.335mts. já à noite e naquele momento a temperatura externa era de 7 graus.

Chegamos à Cuzco às 22h e às 22:30h já estávamos no hotel no qual já tínhamos efetuado reserva anteriormente. Tivemos de deixar os carros em um estacionamento distante do hotel visto que no centro de Cusco além das ruas serem muito estreitas (sem lugar para estacionamento), onde passa apenas 1 carro por vez, também os prédios (e hotéis) não tem estacionamento.

Fuso Horário: até este momento de nossa viagem já temos uma diferença de horário em relação ao Brasil de 3 horas. A cada país em que passamos: Argentina, Bolívia e agora Perú, ajustamos nossos relógios para 1 hora a menos, totalizando então 3 horas.

Neste dia rodamos 530Km em 8 horas de viagem (não contando paradas e aduana), com uma velocidade média de 67,2Km/h.

Em quase toda nossa viagem neste dia, não baixamos de 3.800mts de altitude. Ao nos aproximarmos de Cusco enfrentamos muitas curvas, onde fomos serpenteando o Rio Urubamba que nasce na Abra La Raya e passa bem mais adiante por Águas Calientes em Machu Picchu.

Chegando em Cusco estávamos agora em praticamente 50% de nossa viagem, apesar de a volta ser mais comprida pois passaremos pelo litoral do Chile. Até aqui tínhamos rodado 3.900Km.

Isla do Sol e Copacabana (BOL)

26/12/2009 - Logo que chegamos ao Hotel Gloria em Copacabana, cidade de 25 mil habitantes, descobrimos que existem duas saídas diárias para a o passeio na Isla do Sol, ilha localizada no Lago Titicaca. Uma delas é às 08h da manhã e a outra às 13:30h.




O Titicaca (pronúncia Titi-háhá) é o lago navegável mais alto do mundo, com 3.812mts de altitude e faz a divisa da Bolívia e Peru. Aproximadamente 50% do lago pertence a cada um dos países.

A ilha tem 3 povoados: Yumani, o principal, no topo do morro ao sul; Challapampa, na costa norte, e Cha'lla, no centro-leste. Ao norte ficam as principais ruínas e as paisagens mais interessantes, enquanto o sul dispõe de maior infra-estrutura.









O passeio de barco saindo de Copacabana demora 1:30h e apesar de o dia estar ensolarado o vento frio nos assustou. Vale lembrar que a temperatura a 4.000mts de altitude é próxima dos 15 graus.

Na Isla del Sol vivem em torno de 3.500 pessoas cujo sustento é a agricultura, pesca e o turismo. A ilha tem 11Km de comprimento por 8Km de largura.



Para conhecer as atrações é necessária boa disposição para os mais de 400 degraus da escadaria existente na ilha.




Retornamos para o Hotel já por volta das 18h e à noite jantamos no restaurante do próprio hotel.

No dia 27/12 pela manhã conhecemos em Copacabana a Plaza 2 de Febrero, que tem à seu redor a Catedral de la Virgen de la Candelária, um dos mais exuberantes entre os grandes templos religiosos da Bolívia. O interior da igreja é realmente muito lindo, sendo concorrente à linda igreja de Salta na Argentina.




Nativo com a boca "entupida" de folhas de coca




Conhecemos também o Cerro Calvário, onde, ao longo de uma trilha que leva ao topo do morro, 14 cruzes marcam as estações da Via Crucis.




Copacabana seria a última cidade da Bolívia a ser conhecida por nós, daí entraremos no Perú.

Seguidores