27/12/2009 - Saímos de Copacabana por volta das 9h da manhã. A exemplo da entrada na Bolívia, o combustível em Copacabana era 100% maior do que o apresentado na bomba. Na bomba o valor era de B$ 3,74 e acabamos pagando B$ 7,48 sob o argumento de que em cidades de fronteira o imposto é maior para veículos estrangeiros.
Chegamos na Aduana Boliviana em Kanani, às 09:30h e os trâmites foram finalizados na Aduana Peruana às 10:30h. Nesta última encontramos afixado o adesivo da viagem feita pelo Xico Novak para Machu Picchu em Jan/08.
Adesivo da Expedição feita pelo Xico NovakNa aduana do Perú mais uma vez nos exigiram a apólice da extensão de cobertura do seguro dos carros. Argumentamos que esta seria devida apenas para estadias no país superiores a 30 dias, mas logo percebemos que o policial da aduana queria um regalo (presente). Desta vez foi o Valmor que puxou a frente dando 2 bonés e uma camiseta amarela com logo da seleção brasileira, que minutos antes ele próprio autografara como "Ronaldo". Enfim estávamos liberados.
Fizemos câmbio de dólares para soles (moeda peruana) ali mesmo, no meio da rua, em uma tendinha que mais parecia uma banca de picolé.
"Casa de Câmbio"No caminho para Puno fomos apreciando a vista do lago Titicaca que nos acompanhava ao lado direito.
Pouco depois de Ilave, pegamos um trecho de 20Km de asfalto bastante ruim. Chegamos a acreditar que esta seria uma realidade no Perú, mas por sorte o asfalto melhorou logo adiante.
Logo que cruzamos a fronteira Bolívia - Perú percebemos duas grandes mudanças: 1) não vimos mais crianças implorando por esmolas nas ruas; 2) passamos a ver pequenas propriedades com plantações e animais. Ao que tudo indicava teríamos uma viagem por um país mais próspero do que a Bolívia.
Chegamos em Puno às 13h e logo seguimos para o porto onde conheceríamos as Ilhas Flutuantes de Uros (haverá um tópico específico sobre esta visita que foi nota 10). Às 15:40h estávamos de volta à Puno, onde comemos truta no cais do porto.
Às 16:30h voltamos a pegar a estrada. Teríamos mais de 400Km para rodar ainda neste dia para chegarmos à Cusco.
Já as 17:10h passamos por Juliaca, cidade de 200 mil habitantes em que encontram-se as famosas motos Tuc-Tuc, no melhor estilo de Nova Dehli na Índia. Além das motos também bicicletas são utilizadas como táxi. O trânsito é bem conturbado no centro da cidade, apesar de ser domingo.
Por falar em domingo, neste dia completávamos 1 semana fora de casa, restando mais 2 semanas até retornarmos ao Brasil.
Próximo das 19h passamos ao lado do Pico Nevado Kunurana que tem altitude de 5.420mts.
Passamos por Abra La Raya, techo de percurso a 4.335mts. já à noite e naquele momento a temperatura externa era de 7 graus.
Chegamos à Cuzco às 22h e às 22:30h já estávamos no hotel no qual já tínhamos efetuado reserva anteriormente. Tivemos de deixar os carros em um estacionamento distante do hotel visto que no centro de Cusco além das ruas serem muito estreitas (sem lugar para estacionamento), onde passa apenas 1 carro por vez, também os prédios (e hotéis) não tem estacionamento.
Fuso Horário: até este momento de nossa viagem já temos uma diferença de horário em relação ao Brasil de 3 horas. A cada país em que passamos: Argentina, Bolívia e agora Perú, ajustamos nossos relógios para 1 hora a menos, totalizando então 3 horas.
Neste dia rodamos 530Km em 8 horas de viagem (não contando paradas e aduana), com uma velocidade média de 67,2Km/h.
Em quase toda nossa viagem neste dia, não baixamos de 3.800mts de altitude. Ao nos aproximarmos de Cusco enfrentamos muitas curvas, onde fomos serpenteando o Rio Urubamba que nasce na Abra La Raya e passa bem mais adiante por Águas Calientes em Machu Picchu.
Chegando em Cusco estávamos agora em praticamente 50% de nossa viagem, apesar de a volta ser mais comprida pois passaremos pelo litoral do Chile. Até aqui tínhamos rodado 3.900Km.